O que defendia os poetas árcades?

Perguntado por: adamasio . Última atualização: 30 de abril de 2023
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a) Os poetas árcades defendiam o bucolismo como estilo de vida no campo, longe dos centros urbanos. A vida pobre e feliz no ambiente campestre contrasta com a vida luxuosa e triste na cidade.

Os poetas árcades escreviam sobre a beleza natural, a paz do campo e a vida simples. Costumavam criticar e desprezar a vida nos centros urbanos, pela agitação e problemas da vida moderna.

Carpe Diem (Aproveitar a vida, viver o momento); Fugere Urbem (Fuga da cidade, remetendo à felicidade da vida no campo, em contraste com o caos urbano); Aurea Mediocritas (Desvínculo à vida material, que, segundo os árcades, era considerada uma vida medíocre, entretanto, rica em realizações espirituais);

Na Europa o arcadismo surgiu em um momento de ascensão da população burguesa, dos valores religiosos, sociais e políticos. Já o arcadismo no Brasil buscava estabelecer a vida simples, a racionalidade. Ou seja, os autores árcades buscavam a comunhão com a natureza, onde não havia subjetividade, mas sim objetividade.

O movimento árcade tinha como principal intenção questionar a estética barroca, restabelecendo o equilíbrio, a harmonia e a simplicidade da literatura renascentista. Os primeiros árcades, jovens escritores portugueses, propuseram a eliminação dos rebuscamentos do Barroco, baseando-se nos preceitos do Iluminismo.

a) Os poetas árcades eram chamados de “poetas fingidores”, porque utilizavam pseudônimos.

O Arcadismo reflete a ideologia da classe aristocrática em decadência e da alta burguesia, insatisfeitas com o absolutismo real, e com as formas sociais de convivência rígidas, artificiais e complicadas. As mudanças estéticas apoiam-se na revolução filosófica que representou o Iluminismo.

Além disso, eram chamados de “Poetas Fingidores” posto que utilizavam pseudônimos (nomes artísticos, de pastores cantados na poesia grega ou latina) em suas obras simulando sentimentos poéticos bem como imitavam os clássicos renascentistas.

Os principais autores árcades são Tomás Antônio Gonzaga, autor do clássico “Marília de Dirceu” e das revolucionárias “Cartas Chilenas”; Cláudio Manuel da Costa, poeta de grande qualidade; Basílio da Gama, que escreveu o livro “O Uraguai”; e Santa Rita Durão, autor de “Caramuru”.

Inspirados por valores greco-latinos, os escritores árcades exaltavam a harmonia e o culto à beleza clássica. Além disso, o contexto histórico do Arcadismo é contemporâneo ao Iluminismo, à ascensão da burguesia e ao declínio da monarquia absolutista.

O movimento árcade foi fortemente influenciado pela cultura grega, latina e renascentista. A clareza e a harmonia nos temas e nas formas afastaram das produções literárias a linguagem rebuscada e confusa do Barroco.

As características do Arcadismo foram criadas durante um período que se contrapõe ao Barroco, escola literária que operou antes do Arcadismo. O Barroco era totalmente rebuscado ligado ao conflito de sentimentos, exagero e religiosidade. Já o Arcadismo oferta uma vida mais simples, com base na natureza.

Carpe diem (colher o dia)
Esse lugar acolhedor e natural foi usado para divulgar as ideias que o arcadismo queria passar acerca de uma sociedade mais justa e igualitária. Longe das cidades, longe da nobreza e da sua ostentação, seria possível encontrar paz e igualdade.

O Arcadismo foi o principal movimento literário brasileiro da segunda metade do século XVIII e foi altamente influenciado pelo contexto histórico da época. Capa de “Marília de Dirceu” (grafia atual) de Tomás Antônio Gonzaga, obra icônica do Arcadismo brasileiro.

O Arcadismo (ou Neoclassicismo) surge em 1756 com a fundação da Arcádia Lusitana: movimento de reação ao Barroco. O Arcadismo procurava restabelecer o equilíbrio, a harmonia e a simplicidade da literatura renascentista, rompida pelo período da contra-reforma protestante.

A poesia do século XVIII, denominada poesia árcade ou neoclássica, valorizava a simplicidade e o contato constante com a natureza, na busca da paz e do equilíbrio. Para os poetas desse período, a natureza se configurava como espaço de prazer, felicidade e harmonia.

As principais características das obras do arcadismo brasileiro são: valorização da vida no campo, crítica a vida nos centros urbanos (fugere urbem = fuga da cidade), uso de apelidos, objetividade, idealização da mulher amada, abordagem de temas épicos, linguagem simples, pastoralismo e fingimento poético.

O Arcadismo no Brasil teve início, em 1768, com a publicação de Obras Poéticas, de Cláudio Manuel da Costa.

O arcadismo é uma escola literária que surgiu na Europa no século XVIII mais precisamente entre 1756 e 1825, também denominada de setecentismo ou neoclassicismo. O nome arcadismo é uma referência à Arcádia, região campestre do Peloponeso, na Grécia antiga, tida como ideal de inspiração poética.

A natureza do arcadismo
Apesar de ter surgido em um período de muita agitação social e intelectual, osarcadistasbuscavam o equilíbrio e restauração, recorrendo ao bucolismo, temas pastoris e elementos da natureza.