O que é Pixo na arte?

Perguntado por: oalves . Última atualização: 24 de maio de 2023
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Pixo é Arte, pela recriação de códigos e elaboração que parte da escrita rúnica, mas também por ser uma ação politizada que confronta e mostra as contradições da cidade.

O que difere essas duas práticas, contudo, são as formas das pinturas. A pichação, geralmente, é feita em tinta preta e contém símbolos ou dizeres. O grafite, por sua vez, se refere a desenhos.

Logo, podemos entender como pichação a utilização de escrita de qualquer espécie (tinta ou relevo) para veicular mensagens ou palavras em paredes, muros ou qualquer fachada, seja com finalidade de protesto, ou não.

No início da década de 1980 sob influência do movimento punk de conteúdo político e de capas de discos de Heavy Metal, Hardcore e de bandas de Rock, como por exemplo, o Iron Maden, surgiu a pichação de São Paulo como a conhecemos atualmente, provocadora e questionadora com forte presença da individualidade e 'letra' do ...

Diferente do grafite, a pichação não tem o intuito de ser aceita, muito menos de se tornar agradável aos olhos. Ela inclusive serve para incomodar e gerar desconforto com o que deseja transmitir. Por esse motivo é que o picho acaba sendo considerado como um ato de vandalismo e crime.

A pichação pode ser caracterizada como letras ou assinaturas de caráter monocromático, feitas com spray ou rolo de pintura.

  • Linha evolutiva. Os cinco tipos de intervenção gráfica, em ordem de sofisticação.
  • Xarpi. Originárias do Rio de Janeiro, essas pichações também são conhecidas como “carioquinhas”. ...
  • Pichação Reta. A mostrada abaixo. ...
  • Grapixo. Uma pichação reta estilizada como grafite, com várias cores. ...
  • Tag. ...
  • Grafite.

No começo de 2020, o BCB apresentou o Pix com uma proposta inovadora, até então.

A pichação é considerada visualmente agressiva, e contribui para a degradação da paisagem urbana, é considerada como um vandalismo sem nenhum valor artístico.

O Projeto de Lei 5202/20 inclui a pichação no rol dos crimes de dano – destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia. O texto em análise na Câmara dos Deputados altera o Código Penal.

Além disso, a pichação é por vezes considerada como uma forma de protesto contra a desigualdade social vivida por jovens da periferia.

Enquanto as tintas e vernizes podem ser aplicados em diversas superfícies, indo desde o concreto, material argiloso, metal, mármores, granitos, porcelanatos, cerâmicas, áreas que já tenham sido pintadas e pastilhas até pedras em geral, enfim, podem ser aplicados em praticamente todos os lugares vulneráveis aos ...

A instalação de câmeras, cercas elétricas e grades de proteção ajudam a combater o problema", afirma ela. Outra iniciativa que tem sido adotada por algumas pessoas é a fixação de placas na fachada dos imóveis com apelos aos pichadores. Normalmente, os avisos pedem que as paredes e muros sejam poupados.

O primeiro registro de pichação como arte no Brasil foi o emblemático “Abaixo a Ditadura”. Era o começo da street art brasileira. A pichação política nasceu no meio universitário, na década de 1960, com influência do movimento estudantil de Maio de 68 francês.

Trata-se de jovens que inscrevem sua marca em muros, prédios e viadutos da cidade. Tal prática não é apreciada pela população, que vê na pichação uma forma de degradação da paisagem urbana.

A primeira forma de pichação no Brasil veio nos anos 60, junto com a ditadura militar. Era uma pichação de cunho político, contra a ditadura e sem preocupação estética com as letras (qualquer pessoa alfabetizada poderia ler). A segunda forma veio nos anos 80, junto com o movimento punk.

A partir dos anos 60 na Europa, e dos anos 70 nos Estados Unidos, sabe-se que foram utilizados o graffiti e a pichação como forma de protesto, de manifestação política. Pergunta-se então como foi esse periodo no Brasil, se este recurso foi aproveitado para a manifestação.