O que o movimento antropofágico defendia?

Perguntado por: aaragao . Última atualização: 19 de maio de 2023
4.7 / 5 7 votos

O Manifesto Antropófago defendia a criação da poesia brasileira de “exportação”, valorizando o uso da "língua literária", além de explicar a antropofagia, conceito que propunha "deglutir" a cultura europeia chegada ao Brasil e "digeri-la" sob a forma de uma arte essencialmente brasileira.

Objetivo do Manifesto
O Manifesto Antropófago, brilhantemente desenvolvido por Oswald, clamava aos artistas brasileiros por originalidade e criatividade. Ele pretendia celebrar o nosso multiculturalismo, a miscigenação. O desejo era devorar o que vinha de fora, assimilar a cultura alheia.

Antropofagia é um ato ritual de comer uma ou várias partes de um ser humano. Os povos que praticavam esse ritual o faziam pensando que, assim, iriam ter a vingança do seu povo morto pelo bando do prisioneiro.

O Manifesto Antropofágico foi um marco no Modernismo brasileiro, pois não somente mudou a forma do brasileiro de encarar o fluxo de elementos culturais do mundo, mas também colocou em evidência a produção própria, a característica brasileira na arte, ascendendo uma identidade tupiniquim no cenário artístico mundial.

O movimento antropofágico foi uma vertente da primeira fase do modernismo brasileiro. Seus fundadores foram a pintora Tarsila do Amaral e os escritores Oswald de Andrade e Raul Bopp. A ideia surgiu quando Tarsila pintou o quadro Abaporu, que serviu de inspiração para o marido, Oswald, idealizar o movimento.

O termo antropofágico foi utilizado como associação ao ato deruminar, assimilar e deglutir. A ideia, portanto, era de transfigurar a cultura, principalmente a europeia, conferindo assim, o caráter nacional.

A antropofagia como lei do mundo não seria nada além de um reconhecimento da condição fundamental de qualquer forma de relação com o mundo: ela não apenas nos une, mas possibilita nossa existência, tanto como indivíduos quanto como coletividades.

O ritual antropofágico é um dos costumes indígenas, que mais causaram espanto e perturbação entre os colonizadores portugueses. Ele era praticado amplamente pelos chamados tupinambás e outros grupos tupis-guaranis; e, consistia basicamente em consumir carne humana.

Movimento tropicália e a Antropofagia
A Antropofagia começa em 1928 com a publicação do Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade. A partir disso, um movimento começa a despertar, principalmente na literatura, em que os autores buscam adotar a antropofagia para a composição de suas obras.

Na fase antropofágica (1928-1930), a pintora ainda utiliza as cores fortes; porém, sobressaem os elementos oníricos, com clara influência surrealista. Principal obra desse período é Abaporu (1928). “Abaporu”, em tupi, significa “homem que come gente”.

Os manifestos artísticos mais conhecidos são: o “Manifesto futurista”, de Marinetti; o “Manifesto antropofágico”, de Oswald de Andrade; e o “Manifesto surrealista”, de André Breton.

[4]ANTROPOFAGIA: os rituais antropofágicos, de cunho religioso ou bélico, faziam parte de algumas culturas indígenas no Brasil. Estes povos acreditavam que ao se alimentarem de determinadas partes do corpo humano, adquiriam certas características específicas do falecido, como a bravura ou a força do inimigo derrotado.

O movimento antropofágico representou um marco na história da arte brasileira. Isso porque, por meio dele, a identidade cultural nacional brasileira foi prestigiada. Além disso, a antropofagia cultural promoveu intensos debates entre os modernistas da época.

Philosophicamente”. Assim, Oswald de Andrade iniciou seu Manifesto Antropófago, editado na edição n. 1 da Revista de Antropofagia, uma publicação nascida na esteira do movimento Modernista Brasileiro do início do Século XX, dirigida pelos poetas Antônio de Alcântara Machado e Raul Bopp, este também um diplomata.

O Manifesto Antropófago (ou Manifesto Antropofágico) foi um manifesto publicado em 1928 pelo poeta e polemista brasileiro Oswald de Andrade, figura-chave do movimento cultural do modernismo brasileiro e colaborador da publicação Revista de Antropofagia.

Tratava-se de um rito religioso que ocorria após importantes batalhas, em que os índios da comunidade vencedora, em um rito com seus próprios protocolos e convenções, assavam e comiam os maiores guerreiros capturados da comunidade rival como forma de adquirir e interiorizar as capacidades e os poderes daqueles que ...