Que teoria Maquiavel defendia?

Perguntado por: emonteiro . Última atualização: 31 de janeiro de 2023
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Defensor do absolutismo e de ações duras e austeras por parte de um governante quando necessário, Maquiavel foi injustiçado ao entrar para a história como o patrono da expressão “maquiavélico”, utilizada para designar alguém capaz de tudo pelo poder.

Um dos principais teóricos defensores do absolutismo foi Nicolau Maquiavel. Ele era defensor do Estado e dos soberanos, e defendia a utilização de todos os meios para garantir o sucesso e continuidade do seu poder. Maquiavel dizia que era mais importante que um rei fosse temido do que amado.

O intelectual Nicolau Maquiavel tratou principalmente sobre política na obra “O príncipe”, descrevendo como o governante deveria agir e quais virtudes deveria ter a fim de se manter no poder e aumentar suas conquistas.

É válido aqui ressaltar uma vez mais que, se o príncipe não deve querer apenas ser bom, é porque os homens são maus e perversos, ou seja, Maquiavel trabalha com uma concepção pessimista da natureza humana, propensa ao mal. Por isso, o príncipe deve impor sua força mais pelo temor que pelo amor.

Para Maquiavel, a forma como a humanidade conduz assuntos políticos é reflexo de uma natureza humana violenta, cruel e traiçoeira. E o poder, mais do que qualquer outra coisa, expõe a verdadeira natureza do homem.

Sua obra que mais se destaca é "O Príncipe", escrita em 1513, publicada postumamente em 1532, no qual propõe a unificação da Itália por meio da figura de um Príncipe. Maquiavel, foi um importante teórico do Renascimento e escreveu sobre política, ética, natureza humana, além de peças de teatro e contos.

– “Para bem conhecer a natureza dos povos, é necessário ser príncipe, e para bem conhecer a dos príncipes, é necessário pertencer ao povo”.

As formas de governo, afirma Maquiavel, são sempre o resultado de um conflito interno, de uma força interna que move o poder político de todo e qualquer Estado. Maquiavel define este conflito como o resultado de desejos antagônicos de dois grupos sociais distintos, os grandes e o povo.

O que Maquiavel aconselha é que o príncipe deve achar o equilíbrio entre a força e a astúcia. O governante deve ser leão e simultaneamente raposa; forte, mas também perspicaz.

Maquiavel foi mal interpretado, pois pregava uma política realista baseado no real e não no idealizado, assim, por exemplo quando as pessoas liam que o governante deveria aparentar ter valores religiosos mas n precisava seguir estes, em um contexto extremamente religioso, no mínimo ele era visto com maus olhos.

Para Maquiavel, não há uma conduta a priori boa ou a priori má. Ao encarar a política como uma técnica, o julgamento das ações do governante só pode se dar a posteriori, em função de sua eficácia na prática, seja ela conquistar o poder, conservar o poder ou promover o bem coletivo.

Para Maquiavel, portanto, o líder é aquele que, contando com a sorte, conduz uma sociedade por meio de conceitos sólidos e não mais transcendentais.

“O Pequeno Príncipe” traz uma mensagem universal de amor e fé, e um resgate interior. Com muita sutileza e sofisticação, o autor propõe o que todo filósofo almeja, que é conhecer a si mesmo.

O pensador renascentista concluiu que ser temido é muito mais seguro do que ser amado. Isso porque, segundo ele, dos homens pode-se dizer que geralmente são ingratos, volúveis, dissimulados e ambiciosos. É claro que, enquanto se lhes faz o bem, tudo isso fica oculto sob a pele.

Explicação da obra O Príncipe
O objetivo maior de Maquiavel ao escrever O Príncipe era demonstrar todo o seu conhecimento político prático para a família Médici, que estava no poder, a fim de conseguir reaver o cargo público que tinha.