Que ideia defendia Nicolau Maquiavel?

Perguntado por: onovais . Última atualização: 30 de janeiro de 2023
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Maquiavel defende a ideia de que um estado forte depende de um governante eficaz, e para que ele seja bom, ele deve ter boas habilidades políticas. Para ele, são características relevantes de um bom príncipe, ser bondoso, caridoso, religioso e ter moral.

Um dos principais teóricos defensores do absolutismo foi Nicolau Maquiavel. Ele era defensor do Estado e dos soberanos, e defendia a utilização de todos os meios para garantir o sucesso e continuidade do seu poder. Maquiavel dizia que era mais importante que um rei fosse temido do que amado.

Maquiavel define política como sendo toda ação humana relacionada ao poder. Assim sendo, política é a habilidade de executar estratégias que tenham por fim a conquista e a manutenção do poder. Não é apenas teórica, mas requer prática.

Em "O Príncipe" (palavra que designa todos os governantes), a política não é vista mais através de um fundamento exterior a ela própria (como Deus, a razão ou a natureza), mas sim como uma atividade humana. O que move a política, segundo Maquiavel, é a luta pela conquista e pela manutenção do poder.

É válido aqui ressaltar uma vez mais que, se o príncipe não deve querer apenas ser bom, é porque os homens são maus e perversos, ou seja, Maquiavel trabalha com uma concepção pessimista da natureza humana, propensa ao mal. Por isso, o príncipe deve impor sua força mais pelo temor que pelo amor.

– “Para bem conhecer a natureza dos povos, é necessário ser príncipe, e para bem conhecer a dos príncipes, é necessário pertencer ao povo”.

Relatos sobre os fatos na Alemanha (1508); Retrato das coisas da França (1510); Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio (1513 a 1521); A arte da guerra (1517 a 1520);

Em Maquiavel, a ética política é utilitária, ou seja, são morais todos os atos úteis à comunidade, ao passo que são imorais os atos que tiverem em vista a satisfação de interesses egoístas, que entrem em conflito com os interesses da coletividade.

Encontramos em Maquiavel uma critica ao aristotelianismo teológico, aceito pela igreja, e a relação da igreja com o estado, que levaria muitas decisões práticas a serem tomadas com base em ideais imaginários.

Resumo. Definido como fundador do pensamento político moderno,Nicolau Maquiavel é um dos autores centrais da história ocidental, oumesmo mundial. Suas reflexões sobre o Estado colocaram-no comoclássico das ciências humanas e autor indispensável para se entender adinâmica política ainda hoje.

p. 89. A respeito do pensamento político de Maquiavel, é correto afirmar que: a) Mantinha uma nítida vinculação entre a política e os princípios morais do cristianismo.

A conduta moral e a ideia de virtude como valor para bem viver na sociedade não poderiam ser limitadores da prática política. O que se deve pensar é que o objetivo maior da política seria manter a estabilidade social e do governo a todo custo, uma vez que o contexto europeu era de guerras e disputas.

Ele defendia que os valores que eram impostos pela fé e pela moral social não deveriam restringir a ação do governante. Dessa forma, o rei teria como papel equilibrar Virtude e Fortuna, mas sem se tornar tirano e sendo justo, inclusive com seus traidores.

O maior dever do príncipe é manter o governo, mesmo que para isso seja necessário contrariar a fé, a religião, as regras morais. Para obter êxito em seu governo, o príncipe deve sempre que possível ser bom, porém mau quando necessário. As circunstâncias para Maquiavel justificam determinadas ações.

“O Pequeno Príncipe” traz uma mensagem universal de amor e fé, e um resgate interior. Com muita sutileza e sofisticação, o autor propõe o que todo filósofo almeja, que é conhecer a si mesmo.

O pensador renascentista concluiu que ser temido é muito mais seguro do que ser amado. Isso porque, segundo ele, dos homens pode-se dizer que geralmente são ingratos, volúveis, dissimulados e ambiciosos. É claro que, enquanto se lhes faz o bem, tudo isso fica oculto sob a pele.

Nicolau Maquiavel foi um pensador florentino que viveu no período renascentista e escreveu o livro intitulado O Príncipe, dedicado a Lourenço de Médici. Nessa obra, o autor sugeriu as condições necessárias para que um soberano absoluto fosse capaz de conquistar, reinar e, principalmente, manter seu poder.