O que significa gíria de malandro?

Perguntado por: rferrari6 . Última atualização: 17 de maio de 2023
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Aquele que gosta de levar vantagem sobre alguém ou alguma situação, mas com esperteza.

Teria vindo do italiano malandrino, significando, latim vulgar *malandria. Esta palavra, por sua vez, remete ao grego mélas (“negro”), por causa da cor escura da pele do leproso. Na Itália, os ladrões acabariam sendo chamados assim também. Provindo do francês malandre (séculos XVXVI).

Por exemplo: cabuloso, corre, cagueta já viraram uma gíria popular. Então, vale ressaltar que não é porque alguém usa um ou outro termo, que a pessoa é ligada ao grupo.

3 ladrão, larápio, gatuno, marginal, meliante, delinquente, trombadinha, roubador, malandrim, pilha.

As características que descrevem esse jeito de ser muito peculiar incluem a noção de malandragem, que vem fazendo parte do imaginário coletivo há muitas gerações, dando combustível para diferentes formas de expressão artística e, ao mesmo tempo, sendo também reforçada por elas.

A malandragem configura-se quando o sujeito abdica e mesmo escarnece de suas funções e obrigações sociais, tais como obediência às autoridades, respeito à propriedade alheia, altruísmo etc., preferindo viver o dia a dia da forma mais hedonista possível.

Ser Malandro é respeitar tudo e a todos. Ser Malandro é respeitar a vida. Ser Malandro é entender que: A vida pode ser muito difícil e um desafio muito grande para algumas pessoas, mas isso com certeza será muito importante para o seu aprendizado e desenvolvimento.

Zé Ruela é uma gíria para adjetivar uma pessoa passiva, que não consegue pensar numa solução para resolver uma situação difícil. Pode ser também uma pessoa desprovida de sabedoria, que é lenta de raciocínio.

Inscrições nas paredes dessas alas remetem ao mundo do crime e às facções. “Tudo 2”, “TD2”, “CV”, “CVRL” e “Trem bala” são alguns dos termos encontrados nas paredes do Case, que remetem à facção carioca. Já na parte do grupo rival, há nas paredes “PCC”, “TD3” e “1533”, referências ao Primeiro Comando da Capital.

Tá 3 significa que tá calmo, que tá milhão.

É boêmio, vive de pequenos golpes, não acredita no trabalho, mas sempre dá um jeitinho pra sobreviver... O caminhar do malandro é leve, gingado e solto. A conversa é esperta, inteligente, agradável... O malandro sabe convencer rapidamente, e assim segue sua rotina, fazendo jogo, se dando bem...

Portanto, o malandro – seja ele profano ou sagrado, seja a visão que tem de si, ou que o alter faz dele – não é uma alucinação produzida por si mesmo, ou por seus contemporâneos (hoje, fiéis), mas uma resposta corporal e cultural às vicissitudes que se lhe apresentam.

Leonardo, o Primeiro Malandro da Literatura Brasileira
Manuel Antônio de Almeida, com o personagem Leonardo, na obra Memórias de um Sargento de Milícias, cria o primeiro malandro da literatura brasileira.

2. Tudo 3. No Rio de Janeiro, é usado como gíria por apoiadores da facção Terceiro Comando Puro (TCP) para indicar que a área está sob controle, tranquila ou identificar apoiadores.

Na gíria do Sistema Penitenciário encontramos metáforas como areia (açúcar), botinha (cigarro com filtro), corneta (canudo para aspirar cocaína), giz (cigarro), dragão (isqueiro), falante (rádio), pavão (televisão), papagaio (rádio), pá (colher), agá (fingir algo), entre muitas outras.

Ambos fizeram o sinal de “3” com as mãos, símbolo que representa a organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), e foram executados por membros do CV (Comando Vermelho).