Qual é a função das ampolas de Lorenzini?

Perguntado por: eneves9 . Última atualização: 17 de maio de 2023
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As ampolas são órgãos sensoriais multifuncionais sensíveis a variações de salinidade da água e a campos elétricos de baixa frequência, desse modo conseguem detectar estímulos eletromagnéticos e são usadas como bússolas nas migrações marítimas e posteriormente na identificação de possíveis presas.

Ampolas de Lorenzini consistem em pequenos poros macroscópicos localizados na região cranial dos elasmobrânquios. Nos poros há a condução de eletricidade em canais preenchidos com muco polissacarídeo que se estendem da superfície da pele para as ampolas em forma de bulbo alinhadas com uma camada de células sensoriais.

condrictestambém

Os condrictestambém apresentam, na região da cabeça, as ampolas de Lorenzini, que possuem células sensoriais que conseguem captar correntes elétricas geradas por contrações musculares de outros animais.

Tubarões e espécies relacionadas sentem campos elétricos extremamente fracos gerados por outros animais na água salgada graças a centenas, talvez milhares de detectores especializados em seu focinho chamados ampolas de Lorenzini (a).

Além das nadadeiras, o formato do corpo do peixe, a bexiga natatória, o modo como ele respira e algumas outras características físicas, como as escamas, influenciam no deslocamento e são essenciais para eles conseguirem nadar para lá e para cá.

A maioria das espécies é ovípara, apresentando fecundação externa, isto é, os machos fecundam os pequenos ovos depositados pelas fêmeas. Muitas fêmeas sobem a correnteza dos rios em busca de locais com água limpa e bem oxigenada para fazer a desova. Essa fase do período reprodutivo é conhecida como piracema.

vertebrados

Também são biodiversos, ou seja, encontrados em todos os ambientes aquáticos. Os peixes pertencem ao Filo dos Cordados e são os vertebrados mais antigos que conhecemos. Isso porque, de acordo com os registros fósseis, eles são os primeiros vertebrados a surgirem em nosso planeta.

Os tubarões são muito sensíveis e têm seis sentidos bem apurados: audição, paladar, visão, eletroreceção (este sentido, exclusivo dos tubarões permite detetar a presença e direção de sinais elétricos ténues, como os emitidos pelos seres vivos), olfato e linha lateral.

Segundo o professor Nathan Hart, autor do estudo, a visão dos tubarões pode ser comparada a uma TV em preto e branco. Para termos de comparação, o tubarão possui um detector de luzes, enquanto o ser humano tem três, o que faz com que este último possa distinguir mais tonalidades.

Os tubarões possuem narinas, entretanto, não são utilizadas na respiração. Essas estruturas estão relacionadas com a olfação.

As escamas têm duas camadas: uma camada externa dura que protege dos dentes de predadores famintos e uma camada inferior macia que é flexível o suficiente para “recuperar” e recuperar sua forma se ocorrer um ataque.

Qual a função do opérculo? Resposta: Proteger as brânquias.

Ao contrário da maioria dos peixes, os tubarões não possuem bexiga natatória para controlar a flutuação. Neles, é o fígado que contribui para a flutuabilidade, condicionada pela relação entre o peso de um objeto na água e seu volume.

Rocha destaca ainda o fato de olfato dos tubarões ser direcional. Segundo ele, as duas cavidades nasais atuam como seus dois ouvidos:odores que vêm da esquerda do tubarão chegam à cavidade esquerda antesde chegar à direita. Desta forma, o tubarão pode identificar de ondevem o odor e ir direto a ele.

Como outros peixes, os tubarões têm um órgão sensível, o sistema da linha lateral, que serve para detectar vibrações na água. Esse sistema de canais, cheios de líquidos, percorre longitudinalmente os lados do corpo do animal, permitindo-lhe perceber vibrações a cerca de 30m.

Acredita-se que os primeiros peixes tenham surgido por volta de 500 milhões de anos atrás, sem mandíbulas, em águas marinhas. Foram chamados de ostracodermos. Eles eram pequenos e viviam no fundo do mar, filtrando o alimento da areia. As brânquias dos ostracodermos eram grandes, atuando na respiração e na alimentação.