Qual foi o estopim da Conjuração Mineira?

Perguntado por: vevangelista . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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O estopim do movimento foi a chegada do novo governador da capitania das Minas Gerais, o Visconde de Barbacena, em julho de 1788, com instruções detalhadas da metrópole para implementar uma ampla e profunda reforma em todo o sistema tributário.

A Inconfidência Mineira pretendia libertar o Brasil do domínio colonial português. Seus participantes eram majoritariamente da elite mineira no período e tinham o objetivo de implantar a República no Brasil.

Trata-se do português Joaquim Silvério dos Reis Montenegro Leiria Grutes (1756-1818), conhecido nos livros como Silvério dos Reis e sinônimo de traição ao movimento ocorrido em 1788-1789, a Inconfidência ou Conjuração Mineira, liderado pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (1746 a 1792).

A Inconfidência Mineira foi a revolta, de caráter republicano e separatista, organizada pela elite socioeconômica da capitania de Minas Gerais contra o domínio colonial português. Também conhecida como Conjuração Mineira, demonstrou a insatisfação local com a política fiscal praticada por Portugal.

Tiradentes

Entre tantas carreiras, o que tornou Tiradentes um herói nacional foi o fato de ter sido um dos líderes da Inconfidência Mineira, movimento contra os impostos exacerbados no Brasil que durou de 1789 a 1792.

A Conjuração ou Inconfidência Mineira foi um movimento ocorrido em 1788. Seu objetivo era a emancipação política da capitania de Minas Gerais. Seus participantes desejavam romper os laços com Portugal e instalar uma república. No entanto, o movimento falhou porque foi delatado por um de seus participantes.

O grupo, liderado pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por Tiradentes, era formado pelos poetas Tomas Antonio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, o dono de mina Inácio de Alvarenga, o padre Rolim, entre outros representantes da elite mineira.

Logo, foi criada a derrama como forma de cobrança dos impostos atrasados. A Coroa confiscava os bens dos devedores, como móveis, joias e propriedades. Portanto, se percebe que a derrama era abusiva. Por conta disso, ocorreram muitas revoltas contra Portugal e seu domínio, entre elas a Inconfidência Mineira.

Devido a seu envolvimento na Inconfidência Mineira, um dos primeiros movimentos organizados pelos habitantes do território brasileiro, no sentido de conseguir a independência do país em relação a Portugal, Tiradentes foi enforcado e esquartejado em 21 de abril de 1792.

Tiradentes não foi considerado um herói imediato, até porque não se tinha ideia da importância da Inconfidência Mineira na época. No século XX, Tiradentes “reapareceu” na História totalmente diferente: barbudo, de roupas longas e a caminho do cadafalso.

Em 1890, um ano depois da Proclamação da República, Tiradentes ganha o seu primeiro “rosto”, pelo pintor carioca Décio Villares (1851-1931). Os traços, que se tornaram consagrados inclusive em monumentos, são de uma figura messiânica, com barba e cabelo comprido, parecido com Cristo.

Os principais envolvidos foram julgados e condenados à morte. No dia 8 de novembro de 1799, um ano e dois meses depois dos acontecimentos, os acusados foram declarados culpados por traição.

Joaquim José da Silva Xavier, também conhecido pelo apelido de “Tiradentes”, consagrou-se por sua participação ativa na Inconfidência Mineira. Tragicamente, ele foi o único dos envolvidos no movimento a receber a pena de morte, uma vez que os outros envolvidos foram perdoados pela Coroa Portuguesa.

Os inconfidentes tinham como principal intenção retirar do poder local o governador (na ocasião nomeado pela Coroa portuguesa) Visconde de Barbacena, o que configurava uma afronta à autoridade do Império Português da Capitania de Minas gerais.

No Brasil Colônia, a derrama era um dispositivo fiscal aplicado no estado de Minas Gerais a partir de 1751 a fim de assegurar o piso de 100 [cem] arrobas anuais na arrecadação do quinto. O quinto era a retenção de 20% do ouro em pó ou folhetas ou pepitas que eram direcionadas diretamente à Coroa Portuguesa.

Apenas em 1950 é que ele foi reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira. Tiradentes, foi condenado à forca em 21 de abril de 1792, teve o corpo esquartejado e seus descendentes tiveram os bens confiscados. Ele é o patrono cívico do Brasil, patrono também das Polícias Militares dos Estados e herói nacional.