Quando é necessário fazer uma curetagem?

Perguntado por: omuniz . Última atualização: 28 de abril de 2023
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De acordo com a médica ginecologista e obstetra dra. Fernanda de Tofoli, a curetagem é indicada em situações de abortamento retido (quando não há eliminação total espontânea) ou quando resta quantidade significativa de material biológico na cavidade uterina após um abortamento espontâneo.

O esvaziamento cirúrgico é a via preferencial para fetos com menos de 12 semanas. Isso porque a partir de então há presença de espículas ósseas incorrendo em risco de lesão uterina durante o procedimento.

Curetagem: quando é necessário fazer? A curetagem é eficaz em quase 100% dos casos de aborto retido. Por esta razão, se o tratamento expectante e farmacológico não derem certo e quatro semanas depois do diagnóstico o feto ainda estiver retido, é necessário internar a paciente para realizar a curetagem.

CONCLUSÕES: O uso do misoprostol vaginal é uma segura e eficaz alternativa à curetagem uterina para gestações interrompidas no primeiro trimestre, sendo melhor em gestações até 8ª semana.

O sangramento leve é comum após o procedimento e pode persistir por alguns dias. Não existem evidências suficientes sobre um resguardo específico após curetagem, mas a maioria dos ginecologistas recomendam repouso pélvico por algum tempo, variando de três dias a duas semanas, para evitar sangramento e/ou infecção.

Em casos de óbito embrionário durante o primeiro trimestre – abaixo de 12 semanas de gestação -, é possível esperar até 15 dias para que o organismo aja sozinho e expulse naturalmente. “A falta de informação é a que mais gera conflitos na saúde. Jamais vamos por em risco a vida.

Geralmente, é algo simples, feito com um instrumento que promove uma leve raspagem no útero ou por meio de cânulas que aspiram o conteúdo uterino. Depois da curetagem, você deve sentir cólicas leves e um pequeno sangramento, que costumam cessar em alguns dias.

“Em algumas mulheres, isso pode ser muito rápido, pode expelir em horas após o aborto”, afirma Aline. Mas, em outros casos, pode ser um processo muito mais lento. “Existem muitas gestantes que, mesmo quando o aborto é detectado, podem demorar semanas para ocorrer essa liberação do saco gestacional”, diz.

Os sintomas que podem indicar que o saco gestacional foi expelido são: Cólica no abdome; Sangramento vaginal; Saída de coágulos misturados no sangue. Normalmente, o sangramento tem uma aparência semelhante àquele que ocorre na menstruação, por isso pode ser difícil de identificar.

A realização de mais de uma curetagem pode estar relacionada com maior ocorrência de abortos posteriores, pois os múltiplos procedimentos podem contribuir para o surgimento de pequenas cicatrizes na parede uterina (sinéquia). Porém, de modo geral, não há problemas em engravidar após curetagem.

Repouso físico é recomendado por cerca de uma semana. Se você teve sangramento menstrual regular antes do procedimento, o próximo período menstrual pode ser esperado em torno de 4 a 8 semanas após a curetagem.

Em geral, o prazo recomendado antes de tentar novamente é de cerca de três meses. Já em casos de abortos com a gravidez mais avançada, o prazo para tentar novamente é um pouco maior, de quatro a seis meses.

O coração e o fígado combinados possuem o mesmo volume da cabeça nesse período. Os brotos dos futuros braços e pernas começam a se formar. No final desta semana o embrião adota a forma de um “C”, mede cerca de 5,0 mm de comprimento cabeça-nádegas e pesa em torno de 0,4 g.

O período mais delicado da gestação corresponde da primeira à 12º semana de gestação, justamente o primeiro trimestre sobre o qual falamos neste artigo. Isso porque é nessa fase que ocorre a formação dos órgãos do feto. Ou seja, é quando há maior risco de ocorrerem doenças ligadas a alterações genéticas.

Para a realização do AMIU, a paciente também recebe uma anestesia e fica internada no hospital por cerca de um dia. Há a possibilidade de realização desse procedimento de forma ambulatorial, mas recomenda-se uma discussão mais aprofundada com o obstetra da mulher, para que esse processo seja o mais seguro possível.