Quantos tipos de bilinguismo existem?

Perguntado por: lmoraes . Última atualização: 18 de janeiro de 2023
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Ao ler artigos teóricos sobre o tema, veremos que existem vários tipos de bilinguismo, sendo os mais comuns o subtrativo, o aditivo e o dinâmico.

Estima-se que 50% da população mundial seja bilíngüe. É mais raro ouvir alguém comentar que uma comunidade é bilíngüe. O bilingüismo de uma comunidade se chama bilingüismo social. O bilingüismo social também é muito comum, mas nem sempre é reconhecido.

Os dicionários, como o Michaelis, o definem como a qualidade “daquele que fala dois idiomas”. As pessoas comuns também. Porém, não só elas. No início do século passado, pesquisadores definiram bilíngues como indivíduos com domínio perfeito em dois ou mais idiomas.

O Bilinguismo, como proposta para a educação de surdos, surgiu na década de 80. Esta linha teórica defende que o aprendizado da Língua sinalizada deve preceder o da Língua Portuguesa, utilizada na comunidade a qual o surdo pertence.

A principal desvantagem de ser bilíngüe é que ele realmente é um trabalho pesado para o cérebro. Como tem sido bem documentado, é um ganho para o cérebro, é, no entanto esgotante. Claro, é realmente incrível, trabalhar fora durante todo o dia em uma ocupação.

Sobre o bilinguismo, é CORRETO afirmar que: Para os estudiosos que defendem o bilinguismo, os surdos devem aceitar e assumir sua surdez, mas precisam buscar uma vida semelhante à do ouvinte. O conceito mais importante que a filosofia bilíngue traz é de que os surdos formam uma comunidade, com cultura e língua próprias.

Ademais, a educação bilíngue desenvolve as crianças nos aspectos acadêmico e social, pois o bilinguismo aumenta a flexibilidade do cérebro, melhora o raciocínio e desenvolve as habilidades emocionais, cognitivas, motoras e de concentração da criança.

Bilinguismo progressista: aproxima e enfatiza a noção de diferença cultural que caracteriza a surdez, sem uma preocupação histórica, social e política de alguns membros da comunidade surda.

A diglossia é considerada como um tipo particular de bilinguismo, mas relacionado com a sociolinguística. Segundo Françoise Gardews, em seu livro Multilinguismo, existe uma relação hierárquica em que uma língua padrão é um registo dominante, e outro registo ou vários outros são dominados.

No bilinguismo aditivo, o falante não abre mão de sua língua, mas ele é visto por uma perspectiva monoglóssica, ou seja, que as duas línguas não podem e não devem interagir entre si. Assim, ele tem suas raízes em concepções antiquadas de aquisição de línguas, que já foram derrubadas pela neurociência.

Conforme a direção da escola (2009), o ensino de LIBRAS e da língua portuguesa escrita, sendo a associação das duas línguas que define o bilinguismo, é iniciado através da observação, da experiência. O professor leva os alunos para o pátio para que observem os objetos que fazem parte da escola, da paisagem, etc.

O programa bilíngue caracteriza-se, portanto, pela adição de horas de contato com a língua adicional, no turno ou contraturno, e pela utilização de abordagens mais centradas no aluno, com a inclusão de aprendizagem baseada em projetos, imersão e CLIL.

O que ocorre é uma imersão dos estudantes em um universo culturalmente disposto em dois sistemas linguísticos distintos. Além da parte técnica da língua, os alunos têm contato com os aspectos socioculturais que envolvem a aquisição do idioma.

O bilingüismo favorece o desenvolvimento cognitivo e a ampliação do vocabulário da criança surda. A aquisição da língua de sinais vai permitir à criança surda, acessar os conceitos da sua comunidade, e passar a utilizá-los como seus, formando uma maneira de pensar, de agir e de ver o mundo.

O Brasil não é um país monolíngue. É fato que o Brasil é em um país marcadamente constituído por uma grande diversidade cultural e linguística. Conforme a professora Terezinha Maher da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), além do português, “são faladas, hoje, em nosso país, mais de 222 línguas”.

Pensando na raiz da palavra, pode-se de imediato concluir que ser bilíngue é ter proficiência total em duas línguas, ou seja, fazer uso de duas línguas com a mesma fluência.

A Educação Bilíngue, além de possibilitar o aprendizado de um segundo idioma, é essencial para conquistar melhores oportunidades de estudo e trabalho, além de possibilitar o desenvolvimento emocional e cognitivo dos alunos.