Qual a diferença do Oralismo e bilinguismo?

Perguntado por: rmata . Última atualização: 18 de janeiro de 2023
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O Bilinguismo percebe o surdo de forma diferente do Oralismo e da Comunicação Total, pois nessa filosofia o surdo não necessita almejar uma vida igual à do ouvinte, podendo assumir sua surdez formando uma comunidade, com cultura e língua.

De acordo com Goldfield (1997) o Oralismo ou filosofia oralista visa a integração da criança com surdez na comunidade de ouvintes, dando-lhe condições de desenvolver a língua oral (no caso do Brasil, o português).

O bilinguismo tem como pressuposto básico a necessidade do surdo ser bilíngue, ou seja, este deve adquirir a Língua de Sinais, que é considerada a língua natural dos surdos, como língua materna e como segunda língua, a língua oral utilizada em seu país.

Contudo, há quem seja rígido sobre o bilinguismo, já que só caracterizam como bilíngue quem tem domínio completo sobre dois idiomas, sem que a língua nativa interfira na língua estrangeira. Também é possível encontrar pessoas que defendam que o bilíngue é aquele que tem a fluência total de dois idiomas.

Em resumo o Oralismo consiste em fazer com que a criança receba a linguagem oral através da leitura orofacial e amplificação sonora, enquanto se expressa através da fala. Gestos, Língua de Sinais e alfabeto digital são expressamente proibidos.

Oralismo é um método de ensino para surdos, defendido principalmente por Alexander Graham Bell (1874-1922). Este método considera que a maneira mais eficaz de ensinar o surdo é através da língua oral ou falada, utilizando treino da fala, da leitura labial (oralização) e treino auditivo.

O Oralismo percebe a surdez como uma deficiência que deve ser minimizada pela estimulação auditiva. Essa estimulação possibilitaria a aprendizagem da língua portuguesa e levaria a criança surda a integrar-se na comunidade ouvinte e desenvolver uma personalidade como a de um ouvinte.

De forma distinta, a oralidade diz respeito à habilidade da pessoa surda de se expressar oralmente, o que ocorre por meio do aprendizado da articulação das palavras e das distinções físicas entre os movimentos articulatórios labiais.

O Bilinguismo percebe o surdo de forma diferente do Oralismo e da Comunicação Total, pois nessa filosofia o surdo não necessita almejar uma vida igual à do ouvinte, podendo assumir sua surdez formando uma comunidade, com cultura e língua.

A Língua Brasileira de Sinais, assim como a língua falada, também possui regionalismos; Quem fala Libras é bilingue.

Surgiu por volta do século XVIII e a partir das resoluções do Congresso de Milão (1880). Na época a língua de sinais foi oficialmente proibida nas escolas e a comunidade surda foi excluída da política e instituições de ensino.

Após definições feitas pelo Congresso de Milão, as regras começaram a ser aplicadas em todo o mundo. Diante disso, professores surdos foram removidos de suas funções. Devido a essas regras, durante grande período do século 20, o mundo todo adotou o oralismo como método predominante de ensino às pessoas surdas.

O Oralismo perdeu forças a partir da promulgação da Lei 10.436/2002, que reconheceu a LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais como língua oficial do surdo em todo o território nacional, estabelecendo-a como língua materna no currículo da pessoa surda, Page 2 orientando a Língua Portuguesa, como segunda língua no currículo ...

Como proposta educacional, o bilinguismo ganhou força nos inícios dos anos 1960, nos Estados Unidos da América e foi implementado, em 1979, em Paris, quando Danielle Bouvet iniciou a sua primeira turma bilíngue, em que a Língua Gestual Francesa foi ensinada como língua materna dos Surdos e a Língua Francesa como ...

A principal desvantagem de ser bilíngüe é que ele realmente é um trabalho pesado para o cérebro. Como tem sido bem documentado, é um ganho para o cérebro, é, no entanto esgotante. Claro, é realmente incrível, trabalhar fora durante todo o dia em uma ocupação.

dependendo da idade em que a segunda língua foi introduzida ao indivíduo, o bilinguismo pode ser primário ou secundário, podendo o primeiro também ser chamado de infantil ou simultâneo, e o segundo de consecutivo, sucessivo, ou adulto.

As primeiras noções do que hoje constitui a filosofia educacional Oralista surgiu em 1750, na Alemanha. O Oralismo rejeita a linguagem de sinais e acredita no ensino da língua oral.

O Oralismo, a Comunicação total e o Bilinguismo são as abordagens de ensino que mais influenciaram e ainda influência a concepção sobre o sujeito surdo, a língua de sinais e a cultura surda. Na abordagem oralista o foco era fazer os estudantes a oralizar, tornando-os parecidos com os ouvintes.

A maior falha do ORALISMO é: Um conjunto de regras abstratas que tem como função a oralização dos surdos, ou seja, uma concepção Saussuriana. Que língua, para esta filosofia, é um conjunto de regras concretas que tem como função a oralização dos surdos. A utilização de uma ideologia bastante elaborada de língua.