Como começou a ditadura militar na Argentina?

Perguntado por: dalves . Última atualização: 4 de fevereiro de 2023
4.9 / 5 14 votos

A Ditadura na Argentina teve início com um golpe militar no ano de 1966. O presidente Arturo Illia, que exercia o cargo legalmente dentro da constituição, foi deposto no dia 28 de junho daquele ano e a partir de então se sucedeu uma série de governos de militares até 1973.

Na Argentina, tratava-se de julgar em um tribunal civil os nove líderes das três primeiras juntas militares que governaram o país após o golpe de Estado de 1976, por crimes que iam desde homicídio e tortura até privação ilegítima de liberdade.

Ditadura militar sangrenta
Três anos depois, em 14 de março de 1976, um novo golpe empossou o general Jorge Rafael Videla. Nos 17 anos seguintes, até 1983, quatro juntas militares comandaram o país. Foi a ditadura mais violenta da América Latina, com estimativa de 30 mil civis mortos na chamada “guerra suja”.

O estabelecimento de uma ditadura moderna normalmente se dá via um golpe de estado. Nesse sentido, pode-se, também, entender ditadura como um regime onde o governante aglutina os poderes executivo, legislativo e judiciário.

O Processo de Reorganização Nacional foi uma ditadura civil-militar que governou a Argentina após o golpe de Estado de 24 de março de 1976 até a transferência incondicional do poder para um governo constitucional e democrático em 10 de dezembro de 1983.

O governo aprovou uma Lei de Anistia para os crimes políticos cometidos pelo e contra o regime, as restrições às liberdades civis foram relaxadas e, então, eleições presidenciais indiretas foram realizadas em 1984, com candidatos civis e militares.

Durante a última ditadura argentina, além do ditador Videla (1976-1981), estiveram a frente desse processo os generais, Roberto Eduardo Viola (1981-1981), Leopoldo Galtieri (1981-1982) e Reynaldo Bignone (1982-1983). Estima-se que mais de 30 mil pessoas tenham sido mortas durante essa ditadura (SADER; JINKING, 2006).

Um grande desequilíbrio fiscal levou a Argentina para uma nova crise econômica, com forte perda do poder de compra da população e desvalorização do peso argentino. Em 2019, R$ 1 comprava 14,9 pesos.

Número de vítimas
Um informe da inteligência chilena estimava o número de desaparecidos em 22.000 pessoas em 1978, segundo um informe dos EEUU [3]. Até 2003 a Secretaria de Direitos Humanos da Nação Argentina tinha registrados 13.000 casos [4].

A ditadura Stroessner foi a mais longeva e, provavelmente, a mais sanguinária da América Latina. Foram 150 mil presos políticos, 18 mil torturados e 3 mil mortos durante seu regime.

Foi o caso do Brasil, Bolívia, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, que sofreram golpes de Estado e a instauração de ditaduras militares logo em sequência (em 1954, no Paraguai; em 1964, na Bolívia e no Brasil; em 1973, no Chile e no Uruguai; e em 1976 na Argentina).

Há relatos de tortura com marteladas e choques elétricos, inclusive a mulheres grávidas, e em seus órgãos genitais. Alguns dos ministros aceitam quando as acusações são contra o Dops (Departamento de Ordem Política e Social), órgão do governo brasileiro da época.

Uma das consequências mais gritantes da ditadura militar foi o aumento da desigualdade social. Para além disso, a falta de acesso da população à dados públicos, aumento da concentração de renda, inflação e aumento do endividamento externo.

A ditadura acabou em 1983 com a economia do país em frangalhos e uma fragorosa derrota na guerra contra o Reino Unido pela posse das Ilhas Malvinas. Todos os generais integrantes das juntas militares foram julgados e condenados posteriormente pela tortura, assassinato e morte dos milhares de argentinos.

Em seu lugar assumiu o presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, até a eleição pelo Congresso do general Humberto de Alencar Castelo Branco, um dos principais líderes do golpe. Apoiados por: Estados Unidos.

Observação: Foi o primeiro Presidente eleito pelo voto popular depois de 25 anos de regime de exceção. Seu curto período de Governo foi marcado por escândalos de corrupção o que levou a Câmara dos Deputados a autorizar a abertura do processo de Impeachment em 02.10.1992 e Collor foi afastado do poder.

Posse do presidente João Figueiredo em 15 de março de 1979, em sessão conjunta do Congresso Nacional. Presidente da República João Figueiredo no clássico desfile no Rolls-Royce ao lado de Aureliano Chaves seu vice.

A Revolução Libertadora (em castelhano Revolución Libertadora) foi o golpe de estado que derrubou o presidente Argentino Juan Domingo Perón em 16 de setembro de 1955.