O que é segregação socioambiental?

Perguntado por: loliveira . Última atualização: 22 de maio de 2023
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Segregação socioespacial é um processo atrelado às desigualdades sociais nos espaços urbanos, evidenciado pela diferença habitacional. Também é chamado de segregação urbana. A segregação socioespacial é um processo marcado pela desigualdade social.

“[…] a segregação é um processo segundo o qual diferentes classes ou camadas sociais tendem a se concentrar cada vez mais em diferentes regiões gerais ou conjuntos de bairros da metrópole.” (VILLAÇA, 2001, p.

Tipos de segregação

  • Racial: Baseada na raça.
  • Econômica: Baseada na classe ou status econômico.
  • Religiosa: Baseada na religião.
  • De Gênero: Baseada no gênero.
  • Educativa: Baseada no nível de escolaridade ou acesso à educação.

A segregação socioespacial é um problema presente no Brasil e esse, decorre das relações capitalistas, visto que o desenvolvimento econômico, bem como os avanços políticos e sociais ocorreram de forma desigual entre as regiões brasileiras, o que propiciou o surgimento das desigualdades nos mais diversos contextos.

São exemplos de tipos de segregação urbana:
expansão de ocupações irregulares conhecidas popularmente como favelas, especialmente em áreas de elevada vulnerabilidade ambiental; crescimento de moradias precárias, cortiços, invasões habitacionais e outras formas de habitação nas áreas urbanas das cidades.

Significado de Segregação
substantivo feminino Ação de segregar, de separar, de isolar, de se afastar; afastamento, separação. [Sociologia] Isolamento forçado de um grupo para o afastar do grupo principal ou de outros; discriminação: segregação racial.

Em uma cidade com alto nível de desigualdade, a segregação espacial pode limitar os recursos e serviços localmente disponíveis especialmente para os pobres, e diminuir os ganhos das interações sociais no ambiente urbano, além de uma oferta mais limitada no que diz respeito a serviços como educação e saúde em comparação ...

A segregação pode ocorrer em forma de imposição, isso se dá com a camada da população de baixa renda, que não tem muita opção de escolha para locais de moradia. A autossegregação refere-se à classe dominante, que possui o poder de escolher onde residir.

Nas cidades as pessoas diferentes vivem em locais diferentes: se chama segregação urbana. A segregação pode ocorrer por diversos motivos, como a etnia e os estilos de vida, mas o fator mais importante é o econômico. Os que têm mais dinheiro podem escolher onde moram, para os mais pobres a escolha não é tão ampla.

Morumbi e Paraisópolis, em São Paulo
Um dos maiores exemplos de desigualdade socioespacial é a relação entre Morumbi e Paraisópolis. Ambos os bairros abrigam diferentes segmentos sociais, classes A, B, C, D e E, respectivamente. Na favela, há mil habitantes por hectare e no Morumbi, 30 habitantes por hectare.

A residência em locais altamente segregados teria como principais conseqüências o isolamento em relação às redes sociais e econômicas mais relevantes e a exposição a diversas condições de risco, que gera uma série de "externalidades negativas" com efeitos significativos sobre os circuitos de reprodução da pobreza ( ...

1 afastamento, apartação, desligamento, desmembramento, desunião, discriminação, distanciamento, insulação, isolamento, marginalização, segregamento, separação.

Segundo o urbanista Flávio Pinto, (…) a segregação é um processo segundo o qual diferentes classes ou camadas sociais tendem a se concentrar cada vez mais em diferentes regiões gerais ou conjuntos de bairros da metrópole..

Como vimos, a segregação urbana está intimamente ligada à concentração de renda. Países com melhor distribuição das riquezas, como a Suécia e a Dinamarca, tendem a ter uma oferta mais uniforme do serviço público de qualidade, o que dificulta o surgimento de “zonas pobres”.

Uma forma de combater essa segregação é a sociedade civil se organizar e reivindicar seus direitos, previstos na Constituição Federal. Do contrário, esse processo só tende a se agravar.

A segregação, portanto, é um vetor de reforço às desigualdades sociais, pois as materializa na organização da própria cidade, opondo-se a sua condição de espaço de reunião, sendo um processo diretamente vinculado aos sujeitos sociais envolvidos – os que segregam e os que estão sendo segregados.

Segregação socioespacial: o histórico da discussão
O conceito começou a ser utilizado pela Escola de Chicago entre os anos 1930 e 1940 para analisar como diferentes populações se distribuíam pelas cidades estadunidenses.

Na exclusão, a pessoa é direta ou indiretamente privada de qualquer forma de relação, é como se ela não existisse. Na segregação, a pessoa tem oportunidade de participar em locais e atividades exclusivos para a pessoa com deficiência, sem outras pessoas sem deficiência.

As implicações da exclusão social
Esse mecanismo de segregação está intimamente ligado com a estrutura social produzida pelo sistema capitalista. Não é sem razão que é a crise criada por esse modelo econômico que torna possível a denominação do processo de exclusão social como uma “nova questão social” na França.

Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos. Consiste no ato de embalar os resíduos, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura.

SEGREGAÇÃO | Ocorre quando a escolarização de estudantes com deficiência é oferecida em ambientes separados, como nas escolas especiais, isolados de alunos sem deficiência. Refere se ao distanciamento forçado, ainda que no mesmo espaço físico escolar, destes indivíduos para com os outros colegas.