Que exemplo de segregação espacial?

Perguntado por: aassis . Última atualização: 17 de maio de 2023
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Um dos maiores exemplos de desigualdade socioespacial é a relação entre Morumbi e Paraisópolis. Ambos os bairros abrigam diferentes segmentos sociais, classes A, B, C, D e E, respectivamente. Na favela, há mil habitantes por hectare e no Morumbi, 30 habitantes por hectare.

Existem vários tipos de segregação: etnias, nacionalidades, classes sociais. Esta última é a que domina a estruturação das metrópoles brasileiras (VILLAÇA, 2001).

Morumbi e Paraisópolis, em São Paulo
Um dos maiores exemplos de desigualdade socioespacial é a relação entre Morumbi e Paraisópolis. Ambos os bairros abrigam diferentes segmentos sociais, classes A, B, C, D e E, respectivamente. Na favela, há mil habitantes por hectare e no Morumbi, 30 habitantes por hectare.

Famílias de diferentes grupos de renda podem até viver próximas, mas estão bem delimitadas pela segregação espacial, uma evidência das desigualdades que pode ser vista, pois tem endereço e deixa marcas nas cidades.

A segregação socioespacial é um processo que fragmenta as classes sociais em espaços distintos da cidade. Nesse sentido, o cotidiano das pessoas que habitam esses lugares é marcado pela insegurança, violência, moradias precárias, falta de infraestrutura e acesso aos serviços básicos e ao lazer.

"A segregação socioespacial é um importante conceito da geografia. Trata-se de uma divisão social do espaço de acordo com a renda da população. O próprio estado reproduz essa divisão. A presença do estado nos bairros mais pobres se faz de forma menor e isso aumenta a segregação.

Por essa visão, a segregação socioespacial acontece no acesso aos serviços coletivos, na atenção às políticas públicas para cada grupo, além da própria configuração espacial das cidades para manter divisões — com o estado, em muitos casos, atuando para demarcar essa separação entre ricos e pobres.

2. São exemplos de espaços de segregação involuntária urbana, exceto: (A) As favelas.

A segregação socioespacial é um problema presente no Brasil e esse, decorre das relações capitalistas, visto que o desenvolvimento econômico, bem como os avanços políticos e sociais ocorreram de forma desigual entre as regiões brasileiras, o que propiciou o surgimento das desigualdades nos mais diversos contextos.

A segregação urbana dificulta a ascensão social das classes marginalizadas, uma vez que se gasta mais tempo no transporte público, que é precário, e há dificuldade de acesso a serviços de educação, saúde e lazer.

Separação geográfica de grupos em razão da sua raça, etnia, religião ou qualquer outra categoria que arbitrariamente é utilizada como motivo de discriminação espacial dos seus membros.

Esse tipo de segregação pode ser urbana, nacional, infra-urbana ou mesmo regional e leva a formação de áreas onde há desigualdade.

A segregação pode ocorrer em forma de imposição, isso se dá com a camada da população de baixa renda, que não tem muita opção de escolha para locais de moradia. A autossegregação refere-se à classe dominante, que possui o poder de escolher onde residir.

A residência em locais altamente segregados teria como principais conseqüências o isolamento em relação às redes sociais e econômicas mais relevantes e a exposição a diversas condições de risco, que gera uma série de "externalidades negativas" com efeitos significativos sobre os circuitos de reprodução da pobreza ( ...

Em São Paulo, a configuração espacial que resultou na periferia teve suas bases primeiramente nos aluguéis que os migrantes que vinham a trabalho pagavam para morar, principalmente em cortiços.

A concentração de pessoas de baixa renda, com menores oportunidades de emprego e de crescimento em áreas periféricas demonstra como a desigualdade espacial também condiciona o acesso a direitos básicos. São exemplos a educação, saúde e saneamento básico.

Gentrificação é um processo de transformação urbana que “expulsa” moradores de bairros periféricos e transforma essas regiões em áreas nobres. A especulação imobiliária, aumento do turismo e obras governamentais são responsáveis por esse fenômeno.

As desigualdades socioespaciais são aparentes na paisagem urbana brasileira. Por um lado, há uma disseminação de condomínios residenciais de luxo; enquanto, do outro, existe um crescimento de bairros pobres, com moradias em favelas ou loteamentos clandestinos de pouca ou nenhuma infraestrutura.

A desigualdade social se refere à distribuição desigual de recursos e oportunidades entre diferentes grupos da sociedade, como renda, educação, saúde e emprego.

O direito à cidade é um direito difuso e coletivo, de natureza indivisível, de que são titulares todos os habitantes da cidade, das gerações presentes e futuras. Direito de habitar, usar e participar da produção de cidades justas, inclusivas, democráticas e sustentáveis.

Com o aumento do valor de aluguel e de impostos públicos, muitas famílias com menor poder aquisitivo são forçadas a deixar suas casas e mudar-se para bairros periféricos. Nas áreas que deixaram são construídos grandes empreendimentos, como condomínios residenciais, edifícios comerciais e shoppings centers.