O que é solidão materna?

Perguntado por: dgaspar . Última atualização: 31 de janeiro de 2023
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É nesse contexto que pode surgir a solidão materna, termo criado por especialistas para traduzir sensações (tristeza, irritabilidade, mudanças emocionais, ansiedade) que acometem mães que, logo após a gravidez, passam a se sentir desconectadas do mundo e de outras áreas da vida além dos cuidados com o bebê.

O primeiro ano, especialmente os primeiros meses, de vida do bebê trazem um turbilhão de sentimentos novos à mamãe. Mas uma coisa que nem todo mundo imagina que a gente passa nesse período é por momentos intensos de solidão.

Após o nascimento do bebê, vem o desconhecido e, muitas vezes, solitário puerpério (primeiros meses após o parto). Para algumas mulheres, essa fase é apenas de momentos de alegrias pela chegada do novo integrante da família, mas para uma grande parcela delas é considerado um período difícil e que parece não ter fim.

Na verdade, é um processo psicológico completamente normal e associado a essa mútua dependência que estabelecemos durante os primeiros meses com nossos bebês. Cada mulher conduz a criação do seu filho de uma maneira. Há aquelas que, efetivamente, vivem a maternidade em solidão porque assim escolheram.

Banhos demorados, dormidinhas à tarde e assistir a um filme inteiro já são luxos para todas as mães, porém, a mãe solteira acaba tendo menos tempo ainda! E o cansaço e exaustão emocionais são muito maiores… Para conseguir lidar melhor com toda essa situação é importante que a mãe esteja de bem com sua própria história.

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Mais uma vez, sentir-se cansada ao final de um longo dia é natural, desde que a exaustão não vire algo constante, atrapalhando as demais atividades e fazendo com que a mãe perca seu interesse e motivação por coisas que antes gostava de fazer.

Segundo a psicoterapeuta, a pressão de ser mãe e de carregar a carga mental pode provocar raiva. "As mães muitas vezes estão no lugar da falta: falta de sono, falta de tempo para si mesmas, falta de autocuidado. Ao mesmo tempo, elas têm o melhor emprego, porém o mais exigente do mundo.

Ainda não dicionarizado, o termo mãe solo denomina todas as mulheres responsáveis integralmente pela criação e educação de uma criança, tanto nas questões financeiras, quanto na dedicação do tempo.

Para as especialistas, é também papel do companheiro se mostrar presente, demonstrando interesse, afeição e paciência para que a mulher se sinta amparada nesse momento tão complexo, e possa cuidar do bebê e de si mesma.

Você já ouviu falar nessa expressão “mãe do corpo”? É uma expressão popular antiga utilizada tradicionalmente para explicar os movimentos que algumas mulheres sentem dentro da barriga, após o parto.

4 – Evite dar palpites ou fazer comentários negativos
Mães no puerpério costumam ficar muito sensíveis, porque, além da desregulação hormonal, elas se sentem muito cansadas e lidam com muitas transformações. Por isso, é importante tomar cuidado com o que se fala e, principalmente, na maneira como se fala.

Sendo assim, o puerpério se divide em 3 fases principais:
Imediato (1º ao 10º dia); Tardio (11º ao 42º dia); Remoto (a partir do 43º dia).

Incentivar os momentos a dois mesmo durante a gestação e sempre respeitando a vontade da mulher. Manter a intimidade do casal faz bem não apenas para a mãe e consequentemente para o bebê, mas também para o equilíbrio da relação. A dica é preservar seus momentos de intimidade sempre que eles virem dos dois lados.

Baby blues ocorre logo após o parto e se caracteriza por um estado brando de tristeza, melancolia e alterações de humor. É frequente porém auto limitada, ou seja, dura em torno de 2 semanas com melhora completa dos sintomas sem a necessidade de tratamento.

Os hormônios que as mães produzem quando experimentam emoções passam pela placenta. Assim, se a mamãe está muito triste ou deprimida, o bebê consegue sentir. Esse estado emocional afeta o desenvolvimento do bebê durante grande parte da vida.