Qual é a idade materna avançada?

Perguntado por: ibaptista . Última atualização: 17 de janeiro de 2023
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O termo “idade materna avançada” (AMA) é amplamente reconhecido para definir as mulheres que dão à luz com idade igual ou superior a 35 anos, sendo uma tendência crescente e que está relacionada a várias complicações na gravidez (3).

A gravidez em mulheres acima dos 40 anos está associada a riscos como trombose, hipertensão arterial e diabetes, além de parto laborioso. Em casos de baixa reserva ovariana, os procedimentos de reprodução assistida com óvulo de doador pode ser uma alternativa. A adoção sempre é uma alternativa.

Os riscos de uma gravidez aos 40
Os riscos maiores são relacionados ao desenvolvimento de alguns distúrbios como diabetes gestacional e até mesmo hipertensão. Além disso, o índice de abortos espontâneos também sobe drasticamente. Outro problema recorrente é a distocia funcional.

De 36 a 40 anos: 9% de chances de engravidar por ciclo menstrual, com 50% dos casais engravidando em 1 ano de tentativas; De 41 aos 42 anos, as chances diminuem para 4% por ciclo, sendo de 20% no período de um ano; De 43 a 45 anos, as chances reduzem para 0,2% por ciclo e é de apenas 1% em um ano de tentativas.

Posso engravidar depois dos 35 ou 40? Sim, você pode, embora talvez você demore um pouco mais a engravidar do que uma mulher aos 20. Toda mulher nasce com um número definido de óvulos nos ovários, e a liberação de óvulo acontece em todo ciclo menstrual.

Após essa faixa etária, existe sim a possibilidade de ter uma gestação tranquila e saudável, no entanto, é preciso que seja monitorada de perto, considerando todos os riscos genéticos que aparecem com mais frequência à medida que as mulheres envelhecem.

As estimativas indicam que há chance de 1 em 353 de mulheres, acima dos 35 anos, terem filhos com SD. Essa probabilidade aumenta para 1 em 85, em mulheres acima dos quarenta anos.

A gravidez após aos 40 anos é considerada de risco e as chances de conseguir engravidar são pequenas. Nesta idade a probabilidade é a mesma que com 35 anos, 9% durante um mês de tentativas e 50% dentro de um ano. Entre os 41 e 42 anos as chances caem para 4% durante o mês e 20% durante o ano.

Mas a probabilidade de uma gravidez assim ocorrer de forma espontânea é considerada remota. “Acima de 50 anos, a chance é de 0,1%, uma em cada mil mulheres”, explica Rodrigo Rosa, médico ginecologista especialista em Reprodução Humana e membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA).

Os casos de fertilidade naturais para mulheres acima de 55 anos de idade são "extremamente raros", segundo especialistas ouvidos pelo g1. O motivo é a baixa produção de óvulos nessa faixa etária e a piora na qualidade deles à medida que as mulheres envelhecem.

Você pode engravidar aos 47 anos, mas a chance é tão baixa quanto 5%. Você tem risco de ter um bebê com malformação. Você pode ter diabetes e hipertensão na gravidez. O parto normal pode ser mais difícil.

As chances de conseguir uma gravidez após os 40 anos de forma natural são bem reduzidas, mas isso não é impossível. Para tanto, a mulher não pode apresentar nenhum outro fator de infertilidade, além da idade — como tubas uterinas obstruídas, endometriose e outras doenças no útero (miomas, pólipos, sinequias etc.).

Depois dos 45 anos, as chances de engravidar são de 0,2% dentro de um ciclo menstrual. Ao considerar um ano inteiro de tentativas, as chances são de 1%. Então, se a menopausa ainda não chegou por aí, uma gravidez é totalmente possível, ainda que as chances de que isso aconteça sejam pequenas.

A gravidez em mulheres acima dos 40 anos está associada a riscos como trombose, hipertensão arterial e diabetes, além de parto laborioso. Em casos de baixa reserva ovariana, os procedimentos de reprodução assistida com óvulo de doador pode ser uma alternativa.

Por que é mais difícil engravidar depois dos 35 anos
Após os 35 anos, essa queda na fertilidade se intensifica. “Há uma redução mais acelerada da quantidade e da qualidade dos óvulos. Consequentemente, há maior dificuldade para engravidar com o passar do tempo”, diz a doutora Erika.

Ultrassom transvaginal – O ultrassom deve ser realizado com foco no tamanho dos ovários. Isso ajuda a investigar se a ovulação está ou não acontecendo. Também ajuda a verificar o momento no ciclo em que o óvulo maduro é liberado.

Como resultado, algumas mudanças podem começar a ser observadas, como desaceleração do metabolismo, perda progressiva de massa muscular, redução na produção de colágeno, aumento do apetite, tendência ao acúmulo de gordura, aumento ou diminuição do fluxo menstrual, alterações de humor e líbido”, afirma a ginecologista.

As posições na hora da relação sexual não atrapalham nem ajudam a engravidar. O mais importante para ter sucesso é que o casal goze de boa saúde e faça todos os exames pré-concepcionais necessários. Ambos também podem fazer uma suplementação adequada para favorecer a qualidade do espermatozoide e da ovulação.

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