Por que o braço de quem faz hemodiálise?

Perguntado por: upires . Última atualização: 23 de janeiro de 2023
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A fístula arteriovenosa (FAV) é a ligação entre uma veia e uma artéria, feita para criar um acesso por onde será realizada a hemodiálise. Geralmente, esse acesso é feito nos membros superiores, como os antebraços, punhos e braço, pois o risco de complicações é menor.

Cuidados e orientações com a fístula
O uso de compressas mornas e geladas, é essencial, dada a sensação de dor no local e é fundamental quando existe a formação acidental de hematomas, devendo ser realizada várias compressas de gelo no mesmo dia e, no dia seguinte, fazer muitas compressas quentes.

Se você puser os dedos sobre a sua fístula, você deverá sentir o fluxo do sangue passando por dentro dela. Isto é chamado de frêmito (vibração). Sinta esta vibração quantas vezes você for orientado a fazer, geralmente, uma a duas vezes por dia.

A sobrevida média, segundo a literatura, é de 10 anos, mas sabemos que isso depende de muitos fatores, como serviço, atendimento, horas de diálise, etc.

Quem faz hemodiálise precisa do tratamento para retirar o excesso de água do organismo. Entre uma sessão e outra, ela poderá se acumular no corpo causando diversos problemas. Por isso é importante controlar a quantidade de líquidos ingeridos.

As fístulas podem durar anos, enquanto os cateteres duram semanas a alguns meses. Além disso, a permanência prolongada de um cateter pode levar à obstrução ou estreitamento da veia onde ele está localizado, gerando consequências como dor e edema de face ou do membro superior.

Uma curiosidade: enquanto na hemodiálise o filtro está na máquina, na diálise peritoneal ele é o peritônio, uma membrana que reveste os órgãos abdominais.

No caso de uma fístula arteriovenosa, o sangue comunica entre uma artéria e uma veia. Como consequência, o oxigénio que é transportado não chega aos tecidos de destino, sendo desviado para a circulação venosa. Estas fístulas são mais comuns nos membros inferiores mas podem ocorrer em qualquer local do corpo.

A principal causa da fístula perianal é a infecção de uma das glândulas anais. Não existe uma explicação clara do porquê ocorre essa infecção em determinada glândula e quais os fatores de risco associados a ela.

Quando se faz uma fístula arterio-venosa ocorre o aumento de fluxo pela rede venosa do membro, podendo causar edema (inchaço).

A obstrução do orifício de drenagem destas glândulas leva a uma inflamação e infecção local, que tende a evoluir com bastante dor, num processo de formação de um abscesso, ou seja, uma coleção de pus que vai sendo coletada numa cavidade.

As principais técnicas para correção de fístulas anais são fistulotomia, fistulectomia em dois tempos, LIFT, VAAFT, retalho mucoso, cola e plug anal. Prevenção: deve-se tomar cuidados para reduzir as chances de desenvolver infecções.

Como sabemos que uma fístula intestinal está se fechando ? Alguns indicadores podem ajudar a definir se uma fístula está fechando, como redução do orifício de saída, o volume diário de secreção que sai, e a qualidade da secreção, como odor, cor.

Como é muito raro que uma fístula se cure espontaneamente, costuma ser necessário realizar intervenção cirúrgica, inclusive, para evitar complicações como a formação de um abcesso. Em alguns casos de fístula complexa ou quando o paciente tem doença de Crohn, por exemplo, o seton pode ser um grande aliado do tratamento.

Quando os rins não funcionam adequadamente, substâncias indesejáveis - como potássio, fósforo, sal e líquidos - acumulam-se no sangue. Com isso durante o processo de hemodiálise surgem alguns sintomas como indisposição, câimbra, náuseas, vômitos, falta de apetite, aumento da pressão arterial, inchaço e mal-estar.

Depois que começar a fazer hemodiálise, há chances do rim voltar a funcionar ? Não, se o paciente tiver doença renal crônica avançada, seus rins não voltarão a funcionar mesmo fazendo hemodiálise. A diálise é apenas um método de substituição do rim e não tem a capacidade de reverter lesões renais.

A insuficiência renal é reversível quando o problema ainda não se tornou crônico. Assim, em sua fase aguda, a maioria dos pacientes consegue realizar o tratamento e recuperar as funções renais, mantendo uma vida normal a partir daí.

Paciente renal pode tomar refrigerante? É melhor não! Primeiro, é bom destacar que os refrigerantes são, em geral, prejudiciais ao organismo. Além de terem muito açúcar, existem outras substâncias que podem causar sérios problemas.

Sim. Além de diminuir o consumo (de acordo com a orientação do nutricionista), deve-se sempre preferir os carboidratos que sejam também ricos em fibras como as frutas, os cereais integrais (pão, arroz, macarrão, aveia), feijões entre outros.