Qual a diferença entre o candomblé e umbanda?

Perguntado por: alessa . Última atualização: 20 de janeiro de 2023
4.6 / 5 14 votos

Candomblé é uma religião afrobrasileira, que foi trazida pelos africanos escravizados. Umbanda é uma religião brasileira que mescla elementos do catolicismo, espiritismo, e religiões afro-brasileiras.

Tanto a umbanda quanto o candomblé cultuam os orixás, mas cada uma a sua maneira. Essas duas vertentes também mantêm em comum a crença na imortalidade da alma, na reencarnação e na figura de um deus maior, soberano e onipresente, que teria criado os orixás, chamado de Olorum ou Olódùmarè.

Analogicamente, podemos comparar a crença umbandista à do cristianismo, que tem em Deus o Criador Supremo (Olodumare ou Olorum) e em Jesus o seu maior mistério (sincretizado com Oxalá).

A mitologia africana aponta, além dos orixás, a existência de um deus soberano, chamado de Olódùmarè. Quanto aos orixás cultuados, a quantidade varia de acordo com o tipo de candomblé.

A assessoria de comunicação da influencer explica à Marie Claire que, dentro do candomblé, raspar a cabeça é uma grande prova do seu amor e devoção ao espírito, é o desprendimento da vaidade, em nome da fé.

Umbanda: Bater cabeça, firmar ponto, abrir e fechar a gira ainda são expressões por vezes proibidas.

Os pontos de umbanda são cantigas para louvar, chamar e se despedir do orixá e as linhas de entidades. Acompanhadas por instrumentos de percussão como o atabaque, é importante conhecer o ritmo de cada orixá/entidade. Este aprendizado começa na infância do iniciado. Igualmente, é preciso saber uma infinidade de canções.

Pomba gira é uma entidade espiritual da Umbanda e do Candomblé, considerada um Exu feminino e a mensageira entre o mundo dos orixás e a Terra.

Os rituais do candomblé são realizados em locais de culto denominados terreiros, liderados por um pai ou mãe de santo. Durante as cerimônias, chamadas de toques, os participantes cantam e dançam, e os filhos-de-santo incorporam os orixás.

Na tentativa de defender a religiosidade e a identidade de um povos, eles mantiveram a crença através dos Otás [pedras]. Assim, cada Orixá tinha sua pedra - colocada dentro imagens que representam os santos católicos - reverenciada sem a opressão dos senhores.

No Candomblé e na Umbanda, Oxum é sincretizada à Nossa Senhora Aparecida e representa a beleza e a pureza. Ela é evocada nos templos de Umbanda para limpeza fluídica das pessoas e do ambiente dos templos. Por representar a moral e o modelo de mãe, ela é respeitadíssima nos templos de Umbanda.

Existem mais de 400 orixás na mitologia iorubá, mas alguns deles se tornaram mais famosos no Brasil, como é o caso de Exú, Oxalá, Ogum, Oxóssi, Iemanjá, Xangô e Iansã.

Os umbandistas acreditam na existência de um deus soberano chamado Olorum (equivalente a Olódùmarè). Eles também creem na imortalidade da alma, na reencarnação e no carma, além de reverenciar entidades, que seriam espíritos mais experientes que guiam as pessoas.

Pode ser comida, mas também um monte de outras coisas: tem quizilas que proíbem a pessoa dormir fora de casa, de usar chinelos, de sair à meia-noite, de fazer festa... (Depoimento de Genivaldo, pai de santo).

A crença do Candomblé é baseada no monoteísmo, embora alguns defendam a ideia de culto a vários deuses, cada nação do Candomblé cultua apena um deus. Existem três nações candomblecistas e cada uma cultua um deus. A nação Ketu cultua Olorum, a nação Bantu, NZambi e a nação Jeje cultua Mawu.