Qual o verdadeiro nome de Maria Navalha?

Perguntado por: landrade . Última atualização: 31 de janeiro de 2023
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Foi onde nasceu e cresceu uma mestiça de nome Maria. Linda, alta, forte, dona de um olhar magnético que chamava a atenção. Os sofrimentos da infância deram-lhe uma personalidade determinada e valentia. Aprendeu a se virar sozinha, pois desde cedo perdeu os pais e foi morar na rua.

MARIA NAVALHA MALANDRA: As que trabalham na falange dos Malandros costumam ter denominações complementares típicas dos mesmos, como: do Morro, da Ladeira, da Lapa, do Forró, do Samba, da Madrugada, da Esquina, do Asfalto, da Boemia, Pé de Valsa, e outros.

Maria Navalha é o nome adotado por muitos espíritos de apresentação feminina que trabalha de forma independente. Esses espíritos trabalham como Pombas-Giras, principalmente, com a falange de Maria Padilha ou na linha dos Malandros.

Hoje, Maria Teresa, é Maria Navalha, pois usava uma Navalha na barra de suas vestimentas para se defender. Essa Malandra é muito amparada por Iansã, e é muito comum vê-la trabalhando com os filhos dessa Yabá, porém, pode trabalhar com os filhos de outros Orixás.

Uma boa magia para abrir amor nos caminhos de Maria Navalha, uma dama protetora dos amores impossíveis é feita com: um padê de mel com 7 rosas vermelhas, com uma carta de baralho da figura do rei de copas no meio da oferenda, acompanhado de bebida fina e uma vela de 7 horas vermelha.

A vela (branca) astral para representar você mesmo, a vela verde para a prosperidade,a vela preta para remover obstáculos e a vela marrom para o emprego propriamente dito. Cada vela deve ser colocada num suporte a prova de fogo.

Os filhos desse Orixá são pessoas extremamente pessimistas e teimosas que adoram exibir os seus sofrimentos, daqueles que procuram o caminho mais longo e difícil para atingir algum fim. Deprimidos e depressivos, são capazes de desanimar o mais optimista dos seres; acham que nada pode dar certo, que nada está bom.

Mesmo existindo pombagiras e malandras com os mesmos nomes, por exemplo, Malandra Maria Quitéria e Pombagira Maria Quitéria, (e para Maria Quitéria vamos ter baianas e até outras denominações) cada uma delas vai manifestar um mistério que se organiza hierarquicamente no plano astral e se divide por entre as linhas.

Dona Maria Navalha ouviu muito os conselhos dos Exus, despachou nas escuras encruzilhadas do porto, fabricou talismãs e usou figas. Ensinou banhos e simpatias para as colegas de trabalho, ouviu problemas dos clientes e enxugou lágrimas de muitas vizinhas. Era uma alma generosa dentro do corpo de uma guerreira.

São pessoas que se entrega fácil e confia no que ela faz quando está incorporada, isso facilita a comunicação entre a entidade e o médium, por isso médiuns de Maria Mulambo são totalmente destaque em um axé na roda de Exu.

O instrumento Navalha é o símbolo da malandragem. “A vida era dura: olho por olho e dente por dente”. A Navalha tornou-se o símbolo maior da malandragem e seus códigos próprios. Mas seu significado na Umbanda, além de identificar os malandros, é cortar, separar e aparar o mal que está dentro e fora dos seres.

Os dois brigavam muito, porém se amavam. Navalha nunca brigou com mulher alguma por causa de Zé, apesar de ter um ciúme tremendo do traste. O que mais incomodava era os homens que o rodeavam, Maria sempre alertava José que muitos que sentavam na mesa com ele pra jogar carteado eram lobos em pele de cordeiro.

Para a linha dos Malandros a bengala é sim um instrumento magístico. Assim como o chapéu do Malandro, seu fumo...

De acordo com as pesquisas de Reginaldo Prandi, “Maria Padilha, talvez a mais popular pombagira, é considerada espírito de uma mulher muito bonita, branca, sedutora, e que em vida teria sido prostituta grã-fina ou influente cortesã.”

Maria Padilha

No começo, Maria Padilha era apenas um nome nas fórmulas mágicas das feiticeiras da Europa. Mas no Brasil, com o passar do tempo, foi-se criando o ambiente certo para que ela se mostrasse em toda a sua glória.

Uma menina abandonada não tem muita opção, e logo ela foi introduzida no mundo da “vida noturna” e da malandragem, onde teve famosos mestres e mestras que a iniciaram na vida noturna. Foi nas ruas, cabarés e bares que a jovem Maria construiu sua fama e adquiriu seu “apelido”.

Num entardecer de inverno, ele esperou pela Cigana na porta do puteiro e, na penumbra, lhe deu sete facadas. Assustado, olhou o corpo ensangüentado da morta estirado no chão e reconheceu, no piscar do néon do cabaré, o rosto desvelado de Elisa. Um enfarto o matou ali mesmo.

Zé Pelintra é a figura icônica do malandro nos terreiros do Brasil. Já a figura feminina que ocupa um lugar de protagonismo nas rodas da malandragem e nas giras dos exus é a pombagira.