Quem é Maria Navalha das almas?

Perguntado por: aportela . Última atualização: 20 de janeiro de 2023
4.4 / 5 6 votos

MARIA NAVALHA: Uma Malandra Ou Uma Pombo Gira? “Acredito que ambas!” Maria Navalha é o nome adotado por muitos espíritos com apresentação feminina que trabalham de modo independente, costumam se apresentar na Umbanda, mas também em casas de Candomblé que cultuam entidades.

Porém, sobre quem é o marido de Maria Navalha acaba sendo quase de senso comum. E o homem em questão era o famoso Zé Pelintra, uma entidade patrona dos bares e dos jogos. Contudo, tinha a fama de ser um dos malandros, e com isso veio sua história.

Elas costumam trabalhar de acordo com sua Falange e acompanham o Exu do Médium: Exemplo: Navalha das Almas - Exu Caveira, não necessariamente trabalham com Malandros, aliás seu trabalho é focado na Linha de Esquerda, e suas atuações com Exus, Exus Mirins e outras Pombagiras.

O que mais incomodava era os homens que o rodeavam, Maria sempre alertava José que muitos que sentavam na mesa com ele pra jogar carteado eram lobos em pele de cordeiro. E assim aconteceu, Zé foi enganado por um dos que diziam ser seu parceiro e acabou por falecer.

Maria Navalha é o nome adotado por muitos espíritos de apresentação feminina que trabalha de forma independente. Esses espíritos trabalham como Pombas-Giras, principalmente, com a falange de Maria Padilha ou na linha dos Malandros.

Os filhos desse Orixá são pessoas extremamente pessimistas e teimosas que adoram exibir os seus sofrimentos, daqueles que procuram o caminho mais longo e difícil para atingir algum fim. Deprimidos e depressivos, são capazes de desanimar o mais optimista dos seres; acham que nada pode dar certo, que nada está bom.

E seu nome, saravá, Dona Navalha!

Maria Navalha, tu que és senhora da boêmia, que com sua honra supera toda e qualquer batalha, aquela que segue as ordens de Pai Ogum, cuja lâmina foi forjada no fogo vivo de Xangô, remove toda e qualquer negatividade da minha vida.

As oferendas para os Malandros variam entre sardinhas fritas, farofa de carne seca, petiscos, churrasco, camarões, cravos para os homens e rosas para as entidades femininas.

A vela (branca) astral para representar você mesmo, a vela verde para a prosperidade,a vela preta para remover obstáculos e a vela marrom para o emprego propriamente dito. Cada vela deve ser colocada num suporte a prova de fogo.

São mais livres e passionais em suas manifestações, usando trajes mais coloridos e alegres que os tradicionais vermelho e preto das Guardiãs. Também gostam muito de usar chapéu e lenço (usados também por algumas Marias Navalhas Pombas Giras).

Zé Pelintra é a figura icônica do malandro nos terreiros do Brasil. Já a figura feminina que ocupa um lugar de protagonismo nas rodas da malandragem e nas giras dos exus é a pombagira.

Nomenclatura. Os nomes dados as malandras se assemelham e em muitos casos são idênticos aos das Pombagiras, isso já configura um dos motivos para que haja tanta confusão ao distinguir essas duas manifestações. Marias, Padilhas, Quitérias..

Contam as histórias que Rosa da Lapa foi uma das primeiras Malandras da Umbanda. Desencarnou ainda jovem, despertava o olhar de homens e mulheres, por onde quer que passasse e veio a falecer pela inveja e cobiça das pessoas que a cercavam.

Num entardecer de inverno, ele esperou pela Cigana na porta do puteiro e, na penumbra, lhe deu sete facadas. Assustado, olhou o corpo ensangüentado da morta estirado no chão e reconheceu, no piscar do néon do cabaré, o rosto desvelado de Elisa. Um enfarto o matou ali mesmo.