Tem vírgula depois de para?

Perguntado por: lxisco . Última atualização: 3 de maio de 2023
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Para, neste caso, fica muito bem entre vírgulas; a primeira porque anuncia uma oração infinitiva final, e a segunda por introduzir um complemento de tempo, intercalado, portanto entre vírgulas. Os conteúdos disponibilizados neste sítio estão licenciados pela Creative Commons.

A vírgula, a exemplo de outras pontuações, exerce 3 funções principais na linguagem escrita: 1ª: representar uma pausa ou uma mudança na entonação; 2ª: separar palavras ou orações que precisam de destaque; 3ª: eliminar ambiguidades e esclarecer o conteúdo da frase.

A ordem canônica de uma frase em língua portuguesa é sujeito, verbo e complementos. Quando essa sequência é respeitada, não se coloca vírgula alguma. Então, resumidamente, não se separa por vírgula sujeito e predicado, nem verbo e complementos.

Para, assim como pra, é uma preposição. E a primeira é a forma mais adequada de escrevê-la, sendo a ideal para escrita em linguagem formal. Pode ser utilizada com vários significados indicando, entre outros, direção, oposição, finalidade, propriedade, utilidade, etc.

A preposição “para” é a forma padrão, mas outra forma é utilizada na linguagem coloquial: “pra”. Além disso, há a locução prepositiva “para com”, usada em certos contextos.

A vírgula é utilizada para separar elementos ou locuções explicativas ou corretivas, como “a propósito”, “além disso”, “digo”,” isto é”, “ou seja” etc. Exemplo: O Flamengo é o campeão do Brasileirão de 2019, ou seja, venceu vários jogos para se consagrar como o melhor time do ano.

Usos da vírgula

  1. Para separar elementos que podem ser listados.
  2. Para separar o lugar, o tempo ou o modo que vier no início da frase. Quando a frase começar com indicação de tempo, lugar ou modo deve-se iniciar a frase com a vírgula.
  3. Para separar explicações que estão no meio da frase. ...
  4. Para separar orações independentes.

Segundo as regras de pontuação, quando o advérbio for graficamente curto, este poderá surgir sem ou entre vírgulas. Então é um advérbio curto, de apenas duas silabas, assim pode surgir sem ou entre vírgulas: Namorava-se, então, no portão de casa. Foi, então, que perceberam o engano.

Use a vírgula para separar o lugar, o tempo ou o modo que vier no início da frase. Quando um tipo específico de expressão – aquela que indica tempo, lugar, modo e outros – iniciar a frase, usa-se vírgula. Em outras palavras, separa-se o adjunto adverbial antecipado.

Não usamos vírgula antes de “que” quando a oração iniciada por esse “que” restringe ou especifica o sentido da palavra a que se refere, sendo, portanto, indispensável ao sentido da frase. No caso 2, conclui-se que tenho outras blusas vermelhas, mas quero vestir aquela que está no varal.

Usa-se vírgula antes de “e” em períodos nos quais essa conjunção liga orações com sujeitos diferentes. “Uma mão lava a outra, e a corrupção suja as duas.” “A pesquisa confirmou a hipótese aventada pelos alunos, e o professor deu seu aval para a continuidade do trabalho.”

O uso da vírgula com advérbios e conjunções é facultativo
Quando incluímos advérbios e conjunções em nossos textos, nós temos a opção de usar vírgulas ou não. Nesses casos, a vírgula é facultativa. Depende apenas da ênfase que você quer atribuir a esses elementos.

Na hipótese do vocativo ao final da sentença, ele será precedido pela vírgula: Parabéns, querido! É importante atentar para a colocação apropriada do vocativo, porquanto o termo é utilizado nas comunicações oficiais, e-mails institucionais e até mesmo nas peças jurídicas.

A preposição para pode ser utilizada com diversos significados, indicando direção, finalidade, oposição, propriedade, utilidade, capacidade, entre outros. Tem sua origem no latim per ad, através da preposição em desuso pera.

Tanto a expressão “para eu” quanto a “para mim” estão corretas, existem e podem ser utilizadas na língua portuguesa. Entretanto, deve-se usar cada uma em situações diferentes. “Para eu” deve ser usado quando se assume a função de sujeito e “para mim”, quando se assume função de objeto indireto.