Como era o padrão de beleza na Grécia Antiga?

Perguntado por: uvilela . Última atualização: 10 de fevereiro de 2023
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O padrão estético grego foi mantido pelas romanas: pele branca que era ressaltada com pó de giz e fezes de crocodilo moídas passadas no rosto. As plebeias disfarçavam as sardas e manchas do sol com cinzas de caramujo.

Desde a Grécia Antiga, o corpo é encarado como um santuário. Os Jogos Olímpicos representavam essa visão, com toda a beleza de corpos atléticos e vigorosos. Ficava clara a concepção de que um corpo bonito e saudável era sinônimo de beleza e virilidade.

Pele branca, seios fartos, coxas grossas e cintura larga configuravam o padrão da época. A sociedade esperava que as mulheres tivessem olhos grandes, pés pequenos, cintura fina, cabelo longo e bem escuro, dentes brancos e pele pálida. Um corpo arredondado, com quadris largos e seios grandes, era sinônimo de beleza.

O culto ao corpo era uma das principais características dos Jogos Olímpicos da Grécia antiga, onde o aspecto físico do homem era glorificado e exaltado.

Por meio dessa premissa é possível entender que o belo/bom a todo sempre é desejado e o feio/mal a todo sempre é indesejado. É indubitável que a concepção platônica-aristotélica de mundo teve forte influência na criação do conceito de belo na estética grega, e, para eles, a vida e a arte se fazem baseadas na harmonia.

Porém, a história da beleza mostra que nem sempre foi assim. Na Pré-História, o ideal de beleza feminina eram justamente as mulheres voluptuosas, cheias de curvas generosas nos seios, barriga, bumbum e coxas. Você já deve ter visto uma imagem da famosa Vênus de Milo, que corresponde exatamente a essa descrição.

As mulheres gregas usavam uma túnica folgada de lã ou de linho, que se prendia nos ombros ou se abotoava. Na Grécia Antiga, não havia nada parecido com o costume actual de comprar nas lojas o último modelo de vestuário.

Tanto para mulheres quanto para homens, os romanos herdaram os padrões gregos sobre simetria e harmonia. O ideal de beleza corporal para as mulheres era ser pequena e magra, mas de constituição robusta, ombros estreitos, quadris pronunciados, coxas largas e seios pequenos.

Apesar dos estereótipos que retratam os homens gregos como geralmente baixos, graças à dieta mediterrânea saudável e ao clima ameno, a população masculina da Grécia tem uma altura média de mais de 172,5 cm.

Atribui-se à Grécia Antiga a origem da musculação. Nos primórdios da prática, os antigos provavelmente usavam pedras como peso na cidade de Olímpia. Relatos de 1896 a.C., por exemplo, indicam que pessoas já praticavam arremesso de pesos, também com pedras, em competições.

Na Grécia antiga o banho tinha a função de proporcionar conforto e era um ato necessário para as preces e libações (FRANQUILINO, 2009). Antes do surgimento de tais palavras, homens já utilizavam artifícios de beleza e higiene.

A gordura como padrão de beleza se associa também com o consumo alimentar das elites que tinham acesso ao açúcar, artigo raro e muito caro naquela época. Mary del Priore explica que no decorrer dos séculos, o corpo feminino mais cheio continuou a ser admirado. As curvas seguiam insinuando o poder feminino de gerar.

Contudo, a maioria dos entrevistados, incluindo homens e mulheres, escolheu a silhueta no estilo mulherão! Ou seja, o padrão de beleza brasileiro que mais apareceu entre os entrevistados foi justamente aquele que apresentava curvas mais generosas.

Das muitas coisas que os antigos egípcios dominavam era confiar em ingredientes naturais para manter sua beleza e que valem até hoje. Leite e mel eram frequentemente misturados para criar uma máscara facial e uma lavagem do corpo. Eles não apenas deixam a pele macia, mas também garantem que ela permaneça hidratada.

Eles consideravam os deuses semelhantes aos homens em virtudes e defeitos, sujeitos às mesmas paixões e impulsos, embora dotados de imortalidade e de força, velocidade e beleza superiores. Assim, desejar um corpo belo, forte e rápido era um meio de se aproximar dos deuses e, com isso, da perfeição.