O que Jesus quis dizer que não se coloca vinho novo em odre velho?

Perguntado por: eguimaraes . Última atualização: 27 de abril de 2023
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A Palavra diz que não se deve colocar um remendo novo em um pano velho. Da mesma forma, não se deve colocar vinho novo em um odre velho. Ela diz que, se esta mistura for feita, estraga-se o item em questão e ele não servirá para uso. Quando Deus entra em nossas vidas, Ele vem para transformar todo o nosso ser!

O mestre Nicodemos e a mulher samaritana foram evangelizados por Jesus, e através destes exemplos é possível determinar a maneira correta de anunciar aos ouvintes o tesouro da graça de Deus. Nicodemos representava o melhor da sociedade à época de Jesus.

A parábola da roupa nova e do vinho novo são a revelação de Jesus Cristo sobre como deve ser a nossa aceitação da graça de Deus e do seu ensino. O sistema da tradição judaica com seu legalismo e hipocrisia, transformaram a lei de Deus em algo que não proporcionava alegria, prazer ou liberdade em servir.

Significado de odre
O odre era um recipiente feito de peles para guardar vinho (Josué 9:4,13; 1Samuel 16:20; Mateus 9:17; Marcos 2:22; Lucas 5:37-38), ou leite (Juízes 4:19), ou água (Gênesis 21:14-15,19), ou alguma bebida forte (Habacuque 2:15).

Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás rompem-se os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam. Mas o vinho novo deve deitar-se em odres novos, e ambos juntamente se conservarão.

O termo vinhos do Velho Mundo é utilizado para referir-se aos vinhos oriundos de países da Europa, que contam com uma longa tradição na viticultura.

Para assumir com dignidade o nosso lugar no reino dos céus nós precisamos de renovação, isto é, de um novo nascimento a fim de ter uma nova visão sobre a realidade da vida. Desta forma Jesus quis dar um novo sentido ao jejum que os fariseus praticavam, apenas para cumprir a lei.

5 litros

A capacidade média de um odre é de 5 litros. Considerando que um ser humano bebe em média 1,5 litro de água por dia, que eles estavam numa região desértica e que eram duas pessoas, essa água acabou rapidinho.

O modo comum de se fazer um odre era abater um animal, decepar-lhe a cabeça e as patas, e então retirá-lo cuidadosamente do couro, de um modo que fosse desnecessário abrir a barriga do animal. O couro era, então, curtido, e depois todas as aberturas, exceto uma, eram costuradas.

No processo de preparo do odre, um passo importante é o de espera, mas uma espera no fogo e na fumaça. O fogo purifica o couro e a fumaça dá elasticidade e amadurecimento ao mesmo. Entendemos que devemos passar pelo fogo de Deus para sermos purificados e pela fumaça da Sua glória para nos tornarmos flexíveis e maduros.

os odres, feitos de peles de animais, não eram somente usados pelos árabes: na Europa, Ásia e África estava muito generalizado o seu uso. Ainda hoje em Espanha e Portugal há as borrachas, para vinho, que são muito semelhantes às da Arábia.

Ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se alguém fizer isso, os odres rebentam, o vinho se perde, e os odres ficam estragados. Pelo contrário, o vinho novo é posto em odres novos, e assim não se perdem nem os odres nem o vinho.

Como na época que Jesus ensinou era difícil construir novos odres, havia um processo que era utilizado para a restauração dos odres velho e rígidos. Esse processo consistia em mergulhar, o odre já utilizado e que se tornara rígido, na água em um tanque.

Um vinho velho deve ser decantado 30 a 45 minutos antes de ser servido para dar tempo que este "respire". Se não quiser decantar os vinhos, abra-os sempre umas horas antes de os servir. Verá que os vinhos depois de "respirarem", abrem o seu bouquet e melhoram o paladar.

Enquanto no velho mundo é evidenciado o nome da região da vinícola, no novo mundo é importante citar o nome das uvas. Há também distinção entre a “idade” do novo mundo para o velho mundo, uma vez que os vinhos do novo mundo são feitos em países mais jovens, que foram colonizados por europeus.

De um modo geral, o vinho é associado ao sangue de cristo, assim como o pão representa o corpo sagrado de Jesus. Na Eucaristia, por exemplo, a bebida recebe o nome de vinho sacramental ou canônico e só é aceito pela igreja se estiver de acordo com uma série de restrições, incluindo o baixo percentual de álcool.